No primeiro trimestre de 2025, o Brasil alcançou um marco histórico em suas relações comerciais com a China e os Estados Unidos, mesmo em meio à escalada da guerra tarifária entre as duas potências. De janeiro a março, a corrente de comércio entre Brasil e China ultrapassou os impressionantes US$ 38,8 bilhões, com exportações brasileiras somando US$ 19,8 bilhões e importações atingindo US$ 19 bilhões. Apesar do aumento expressivo nas importações chinesas, a balança comercial com o país asiático permaneceu superavitária.
Entre os produtos que impulsionaram esse crescimento, destaca-se o grupo “Plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes”, que movimentou US$ 2,7 bilhões, um salto significativo em relação aos US$ 4 milhões registrados no mesmo período de 2024. Por outro lado, o Brasil reduziu sua dependência de certos itens chineses, como válvulas e tubos, cujas importações caíram 77% em comparação ao ano anterior.
Com os Estados Unidos, o comércio também atingiu um recorde, alcançando pela primeira vez a marca de US$ 20 bilhões no primeiro trimestre. As exportações brasileiras para o mercado americano totalizaram US$ 9,7 bilhões, enquanto as importações somaram US$ 10,3 bilhões, resultando em um déficit comercial. Produtos como sucos, óleos combustíveis e café não torrado lideraram o crescimento das exportações, enquanto óleos brutos de petróleo e medicamentos foram os destaques entre as importações.
O governo brasileiro monitora de perto o impacto dessas mudanças, especialmente diante do “tarifaço” imposto pelos Estados Unidos, que pode redirecionar ainda mais exportações chinesas para o mercado brasileiro. A situação reflete a complexidade das relações comerciais globais e a posição estratégica do Brasil nesse cenário.
Fonte: Redação