A Casa Branca divulgou um comunicado nesta terça-feira (15) detalhando a aplicação de tarifas de até 245% sobre produtos chineses, como parte de uma resposta às ações retaliatórias da China. Inicialmente, o documento gerou confusão ao não explicar como os Estados Unidos chegaram ao cálculo das tarifas. Após atualização, ficou claro que as taxas serão aplicadas de forma específica, incluindo uma tarifa recíproca de 125%, uma taxa de 20% relacionada à crise do fentanil e tarifas da Seção 301, que variam entre 7,5% e 100%.
A Seção 301 da Lei de Comércio dos EUA foi projetada para combater práticas comerciais estrangeiras consideradas injustas, como transferência de tecnologia e propriedade intelectual. A investigação apontou práticas desleais da China em setores estratégicos, como tecnologia da informação, robótica, veículos de nova energia e aviação. Segundo o comunicado, as tarifas visam proteger a segurança nacional e nivelar o campo de atuação comercial.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, respondeu ao anúncio afirmando que os valores específicos das tarifas deveriam ser questionados aos americanos. Ele também destacou que a China manterá sua posição firme diante das medidas.
A guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo se intensificou desde o início de abril, quando o presidente Donald Trump impôs tarifas de 10% sobre mais de 180 países. A China, que já enfrentava uma taxa de 34%, retaliou com tarifas adicionais de 34% sobre importações americanas. Em resposta, os EUA elevaram as tarifas para 104%, e a China seguiu com aumentos, chegando a 125%.
Apesar das tensões, Trump afirmou estar disposto a negociar com a China, desde que o país asiático também demonstre interesse em um acordo. A Casa Branca informou que mais de 75 países já buscaram os EUA para discutir novos acordos comerciais e reduzir as tarifas, mas a China permanece como exceção.
Fonte: Redação