Meta enfrenta julgamento histórico nos EUA por suposto monopólio digital

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Mark Zuckerberg, CEO da Meta, testemunha perante o Comitê Judiciário do Senado no Edifício de Escritórios do Senado Dirksen em 31 de janeiro de 2024 em Washington, DC. Alex Wong—Getty Images

A Meta, controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp, está no centro de um julgamento de alto risco em Washington, onde enfrenta acusações de práticas anticompetitivas. A Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC) alega que a empresa adquiriu o Instagram e o WhatsApp para eliminar concorrentes e consolidar sua posição dominante no mercado de redes sociais.

Segundo Daniel Matheson, advogado da FTC, a estratégia da Meta criou barreiras que protegeram sua dominância por mais de uma década, limitando as opções dos consumidores. A FTC busca medidas drásticas, como a venda do Instagram e do WhatsApp, argumentando que essas aquisições prejudicaram a concorrência e os usuários.

Mark Zuckerberg, CEO da Meta, deve depor durante o julgamento e será questionado sobre e-mails antigos nos quais expressou preocupações sobre o crescimento do WhatsApp e descreveu a compra do Instagram como uma forma de neutralizar um potencial concorrente. A Meta, por sua vez, defende que as aquisições beneficiaram os consumidores e que o mercado atual é altamente competitivo, citando plataformas como TikTok, YouTube e Snapchat.

O caso, que pode se estender até julho, representa uma ameaça significativa à estrutura da Meta. Perder o Instagram, que gera mais da metade da receita publicitária da empresa nos EUA, seria um golpe devastador. Além disso, o julgamento testa a promessa do governo Trump de enfrentar as grandes empresas de tecnologia, enquanto a Meta argumenta que a ação da FTC desestimula a inovação e o investimento no setor.

Se a FTC vencer, um segundo julgamento será necessário para determinar como a venda das plataformas restauraria a concorrência. Enquanto isso, o caso levanta questões sobre o futuro das gigantes tecnológicas e o equilíbrio entre inovação e regulação.

Fonte: Redação

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