A Microsoft voltou a assumir o posto de empresa mais valiosa do mundo, superando a Apple, após o fechamento da Bolsa de Nova York nesta terça-feira (8). O movimento ocorre em meio ao impacto negativo das tarifas comerciais impostas pelo governo americano sobre produtos fabricados na China, principal polo de produção da Apple.
As ações da gigante de tecnologia recuaram 5% no dia e acumulam uma queda de 23% desde o anúncio das tarifas. Com isso, sua capitalização de mercado caiu para US$ 2,59 trilhões. A Microsoft, por sua vez, registrou um impacto menor, com perda acumulada de 7% no mesmo período, encerrando o dia com valor de mercado estimado em US$ 2,64 trilhões.
O plano tarifário do presidente Donald Trump afetou especialmente a Apple, devido à alta dependência da empresa em relação à manufatura chinesa para seus produtos. Segundo o banco UBS, os custos de produção aumentaram, e o preço de varejo dos iPhones fabricados na China poderia subir até 29% para compensar as tarifas. Já os aparelhos produzidos na Índia, onde a Apple tem ampliado sua produção, teriam um aumento estimado de 12%.
Analistas de mercado revisaram suas projeções para as ações da Apple. No Morgan Stanley, o preço-alvo caiu de US$ 252 para US$ 220, enquanto o KeyBanc o reduziu de US$ 200 para US$ 170, sinalizando um período desafiador para a companhia. Por outro lado, o desempenho da Microsoft aponta resiliência diante da turbulência econômica global.
Fonte: Redação