A recente imposição de tarifas de 145% sobre produtos importados da China pelo ex-presidente Donald Trump reacendeu debates sobre a viabilidade de fabricar iPhones nos Estados Unidos. Apesar de ser uma proposta alinhada ao estímulo da indústria nacional, especialistas apontam que os custos trabalhistas e a complexidade da cadeia de produção tornariam o aparelho significativamente mais caro.
Impacto nos preços
Segundo Dan Ives, analista da Wedbush Securities, um iPhone fabricado nos EUA poderia custar até três vezes mais do que o produzido na China. Um modelo vendido por US$ 1.000 no mercado atual poderia ultrapassar os US$ 3.000 se fosse montado em território americano. Além disso, o Bank of America estima que os custos trabalhistas nos EUA aumentariam em 25% os gastos de produção, enquanto a necessidade de importar componentes da China manteria os preços elevados.
Desafios logísticos
A Apple construiu sua rede de fabricação na China desde os anos 1990, e transferir essa estrutura para os EUA levaria pelo menos três anos e demandaria investimentos de cerca de US$ 30 bilhões. A complexidade da cadeia de suprimentos asiática, que envolve eletrônicos, chips e semicondutores, é um dos principais obstáculos para a mudança.
Investimentos da Apple nos EUA
Embora a Apple tenha anunciado um plano de investimento de US$ 500 bilhões nos EUA até 2028, incluindo a criação de um data center em Houston para desenvolvimento de inteligência artificial, a fabricação de iPhones no país não está prevista. A proposta de Trump, no entanto, reflete um desejo de fortalecer a indústria nacional, mesmo diante dos desafios econômicos e logísticos.
Repercussão
A guerra comercial entre EUA e China, intensificada pelas tarifas impostas por ambos os países, continua a gerar impactos significativos no mercado global. A ideia de fabricar iPhones nos EUA, embora ambiciosa, enfrenta críticas e dúvidas sobre sua viabilidade econômica.
Fonte: G1
